Sobre Consultório de Psicologia e Neuropsicologia - Dra. Juliana Anjos
Juliana Anjos | Avaliação Neuropsicológica – Belo Horizonte, MG – (31) 99117-3838 - - Juliana Anjos Avaliação Neuropsicológica – Belo Horizonte, MG – (31) 99117-3838 Menu Pesquisar por: Nossos Serviços CONTATO PARA AGENDAMENTO: (31) 99117-3838 (vivo) – mensagens também pelo whatsappPsicóloga Juliana Anjos – CRP – 04/36.091. O consultório é localizado em Belo Horizonte, na região do bairro Santo Antônio, centro-sul, próximo a junção da avenida Prudente de Moraes com avenida do Contorno, para melhor comodidade e conforto. Os serviços oferecidos estão listados abaixo:ATENDEMOS APENAS EM BELO HORIZONTE NO ENDEREÇO INDICADOAceitamos cartões de crédito e débito. Anúncios Compartilhe isso:Curtir isso:Curtir Carregando. Antes de dar um celular para seu filho deixe-o experimentar o tédio – por Daniel Becker Crianças permanentemente distraídas com o celular ou o tablet. Agenda cheia de tarefas e aulas depois da escola. Pais que não conseguem impor limites e falar “não”. Os momentos de lazer que ficaram restrito ao shopping Center, em vez de descobertas ao ar livre. Quais as implicações desse conjunto de hábitos e comportamentos para os nossos filhos? Para o pediatra Daniel Becker, esses têm sido verdadeiros pecados cometidos à infância, que prejudicarão as crianças até a vida adulta. Pioneiro da Pediatria Integral, prática que amplia o olhar e o cuidado para promover o desenvolvimento pleno e o bem-estar da criança e da família, Becker defende que devemos estar mais próximos dos pequenos – esse, sim, é o melhor presente a ser oferecido. E que desenvolver intimidade com as crianças, além de um tempo reservado ao lazer com elas, faz a diferença. Para o bem-estar delas e para toda a família.A tecnologia é uma dimensão da nossa vida. Hoje o celular é televisão, loja, livro, cinema, brinquedo, meteorologista, até médico. O problema é a forma como utilizamos essa tecnologia. O excesso do uso do smartphone nos tira do convívio com o outro. Faz-nos mergulhar em uma distração sem fim, que nos remove do momento presente, dos relacionamentos, do afeto. Confunde o tempo de trabalho com o tempo de lazer e família, não preservando momentos fundamentais, justamente o período que deveríamos passar com os nossos filhos. Tira a comunicação, o olhar. As referências anteriores eram os pais e a família. E agora essas referências se diluem e se tornam apenas a mídia do smartphone, que está sempre ao nosso lado. Esse excesso de uso, que nos remove das relações mais importantes, é bastante perigoso.A consequência quando os pais permanecem muito tempo onlineA gente tem se queixado que as crianças ficam no smartphone, mas os pais que oferecem o aparelho aos filhos fazem isso para ter sossego e para eles próprios ficarem no smartphone, para que tenham um pouco de tempo para si. O problema, repito, é o exagero. Há pais que, enquanto examino o filho durante a consulta médica, ficam no celular. Estamos tomados por esses acessórios. Então é preciso analisar o contexto da família. O que está levando a esse excesso de imersão da criança no smartphone? Não adianta colocar toda a culpa na família; precisamos entender o contexto social e, a partir disso, propor mudanças e atitudes transformadoras. Qual comportamento estamos mostrando para os pequenos? Existe relação sem telefone? Onde a gente não leva o telefone? Vamos para o parque sem os aparelhos? Nas viagens de carro, há momentos de conversa? E durante as refeições?Qual a importância de os pais acompanharem o que as crianças assistem, por exemplo? Repare em todos os desenhos onde existe pai e mãe. Veja como esse pai e essa mãe são representados. É impressionante. Sem teorias conspiratórias, mas muitos desenhos são bancados por publicidade. E a quem interessa dizer à criança que o pai é bobinho? A ridicularizá-lo? Se o papai diz que não é bom, ele é bobo, não sabe de nada. É dessa forma que os pais são retratados em inúmeras animações. Essa desautorização da família vem de um processo midiático e publicitário muito inteligente. Você acha que isso é à toa? Eu acho que a criança pode assistir TV, se os pais estiverem por perto e fazendo uma mediação; se interagir com a criança enquanto ela assiste ao desenho e desenvolver essa visão crítica nela sobre como os pais estão sendo retratados, há salvação. Mas, se a criança está imersa, sem os pais por perto, é muito difícil que não absorva esses valores distorcidos.O tédio é necessário para desenvolver a menteA vida urbana não permite que a criança extravase sua energia. Tem criança que fica de oito a dez horas conectada a aparelhos, seja o smartphone, o tablet ou mesmo a TV. Elas não têm mais direito a um momento de consciência. Elas ficam o tempo todo distraídas, ocupadas, ‘ligadas’. E o tédio é a fonte da criatividade. A mente vazia é aquela voltada para si mesma, com pensamentos mais autorreflexivos. É aí que vai surgir a criatividade, e não em uma mente preocupada em consumir conteúdo que só a distrai, como nos celulares. Aula de inglês, vôlei, natação são bacanas, pois a aquisição de habilidades é ótima. Mas desde que venha contrabalanceada com horas livres. A criança precisa de tempo desestruturado para brincar. E não fazer só um roteiro estipulado pelos outros, só absorver as mensagens externas. Ela precisa da possibilidade de chegar em casa e brincar com o que quiser, ou ir para o parque e se divertir como preferir. Brincar sozinho também é uma atividade geradora de inteligência, de criatividade, de lidar consigo mesmo. O brincar é uma arte que simula a vida. A criança que sabe brincar é um adulto que sabe viver. Os pais precisam inserir seu filho em um mundo onde há brinquedos, em que ele pode assumir o papel ativo, criar um roteiro, dizer quem é aquele personagem que inventou. Se você oferece um boneco do Homem Aranha, por exemplo, o roteiro já está dado. Não há imaginação. O tédio não é deixar o filho sem fazer nada. É permitir, por exemplo, que ele possa ficar no balanço de uma pracinha. Sobe e desce. É um momento dela com ela mesma, uma meditação.As formas de lazer que as crianças têmPercebo que cada vez mais pessoas preferem o shopping center ao parque. E o shopping nada mais é do que a extensão desse sistema de consumo, de publicidade. O lazer virou consumo, o consumo virou lazer. Nesse centro de compras, a criança vai ter a continuidade das mensagens que recebeu na TV, no celular, no tablet. Ela viu o anúncio do brinquedo e vai chegar no shopping e ir correndo para a loja. Muitas famílias desperdiçam recursos preciosos comprando brinquedos caros que já vêm com o script pronto, não oferecendo um bom mecanismo de desenvolvimento à criança. É uma pena que o lazer esteja se tornando o shopping. A natureza é ótima para a família como um todo. Tenho trabalhado para que esse tema vire uma bandeira de toda a sociedade. O lazer externo traz inúmeros benefícios. Ele afasta um pouco a gente da tela. Não dá para andar de bicicleta, correr ou subir na árvore com um tablet na mão. Também é uma forma de melhorar o convívio direto e interativo entre pais e filhos. Além disso, essas crianças vão ver crianças diferentes, branco vai ver negro, criança pobre vendo criança rica. O convívio com as diversidades gera empatia e compreensão das diferenças. Além, é claro, dos benefícios da própria vivência ao ar livre, o sol, o vento, as árvores. Eles reduzem agressividade, alergias, distúrbios do sono, melhoram a socialização e aumentam a inteligência, além de outros inúmeros benefícios comprovados cientificamente.Trecho da entrevista de Daniel Becker à Débora Zanelato, do site Vida Simples DigitalDANIEL BECKER é pediatra formado pela UFRJ e mestre em Saúde Pública pela FIOCRUZ. Foi pediatra do Médicos sem Fronteiras na Tailândia e um dos criadores do Programa de Saúde da Família. Fundou e trabalhou no Centro de Promoção da Saúde (Cedaps), ONG que é referência em saúde de comunidades populares. É pioneiro da Pediatria Integral e também atua como palestrante, escritor e consultor de fundações e empresas. Link de origem: http://www.pensarcontemporaneo.com/antes-de-dar-um-celular-para-seu-filho-deixe-o-experimentar-o-tedio-daniel-becker/ Compartilhe isso:Curtir isso:Curtir Carregando. Amor versus Individualidade – Flávio Gikovate Reflexão sobre a importância de mantermos a nossa individualidade e respeitarmos a individualidade do outro, dentro dos relacionamentos:Autor: FLÁVIO GIKOVATE·TERÇA, 31 DE MAIO DE 2016“Ao longo do segundo ano de vida, a criança vivencia enorme avanço em suas competências: aprende a andar, a formular as primeiras frases, aprimora suas aptidões motoras etc. Se até então seu maior prazer era ficar no colo da mãe, usufruindo da paz e aconchego similar ao que foi perdido com o nascimento e sentindo por ela aquilo que chamamos de amor, agora ela gosta também de circular, especular o ambiente, tentar entender para que servem e como é que funcionam os objetos. Coloca quase tudo que encontra na boca, tenta sentir seu tato, observa o que acontece quando deixa que caiam no chão. Dá sinais de grande satisfação a cada nova descoberta. Está praticando os primeiros atos próprios de sua individualidade – e se deleitando com eles.Tudo isso acontece na presença da mãe. Sim, porque se ela for para um outro local, a criança imediatamente abandona o que está fazendo e sai em disparada atrás dela. O mesmo acontece se levar um tombo: corre chorando de volta para o colo. Diante da dor física ou da iminência de distanciamento exagerado da mãe, a sensação de desamparo cresce muito rapidamente e aí torna-se absolutamente necessária a reaproximação.Há, pois, uma clara alternância de preferências: estando tudo em ordem, o que a criança quer é exercer os prazeres da sua individualidade em formação; ao menor desconforto, busca no aconchego materno (amor) o remédio para todas as dores.Não há como não compararmos nossos comportamentos ditos adultos com o que acabei de descrever: queremos exercer nossa individualidade com a máxima liberdade, mas queremos voltar para casa e encontrar o parceiro à nossa espera. Ficamos bem longe da pessoa amada por algum tempo, mas depois o desejo maior é o de nos aconchegarmos; se isso não é possível, sentimos a dor forte correspondente à saudade (mistura de abandono com lembrança do calor que advém da companhia). Temos a nosso favor o benefício de um imaginário mais rico e a capacidade de nos comunicarmos à distância graças aos recursos tecnológicos: nos sentimos aconchegados, mesmo estando longe, graças às palavras e juras de amor.No convívio íntimo, parece que queremos mesmo é encontrar uma fórmula capaz de conciliar amor e individualidade: quero, por exemplo, assistir ao programa de TV do meu interesse e quero que minha amada esteja ao meu lado, se possível bem agarradinha. Ela, também interessada no aconchego, poderá tentar achar graça, por exemplo, no jogo de futebol que tanto me encanta. Mas talvez não consiga e aí começam os problemas. Ela se afastará, indo em busca daqueles que são os seus reais interesses individuais. Eu me sentirei rejeitado, abandonado e mal amado; tentarei pressioná-la com o intuito de fazer com que volte. Ela, prejudicada em seus legítimos direitos, se revoltará e a briga (chamada de “briga normal dos casais”) será inevitável.O homem é, ao mesmo tempo, a criança e a mãe. O mesmo vale para a mulher. Querem exercer sua individualidade, mas sem se afastar muito um do outro. Lutarão pelo poder, para definir quem irá impor o ritmo e a programação. Por maiores que sejam as afinidades, sempre existirão atividades que são do interesse exclusivo de um dos membros do casal. A fórmula tradicional – homens mandam e mulheres obedecem – não funciona mais (felizmente!).O que fazer? Só há um jeito: o crescimento emocional de ambos para que a dependência típica do amor infantil se atenue. Que cada um consiga se sentir em condições de exercer suas atividades, de modo a liberar o parceiro para fazer o mesmo.”Compartilhe isso:Curtir isso:Curtir Carregando. O LUTO INFANTIL – MORTE REPENTINA DOS GENITORES A separação por morte configura-se em um potencial estressor para a criança, podendo colocar em risco a sua segurança e sobrevivência emocional, somando-se a isso, o fato de encontrar-se num grupo familiar também fragilizado pelo evento.Dentre os tipos de perdas por morte que podem ocorrer, encontra-se a “morte repentina”, ou seja, aquela que ocorre de forma súbita e inesperada. Dentre elas podemos citar: acidentes diversos, homicídios, suicídios, latrocínio, infarto fulminante, AVC, desastres naturais ou humanamente induzidos, dentre outros. Entende-se que a morte repentina do pai ou da mãe diferencia-se em seu impacto sobre a vida e a estrutura emocional da criança, comparado às mortes que possam ser esperadas ou até mesmo compreendidas como resultado do ciclo vital, tais como morte de avós ou pais já idosos, quando o filho encontra-se na idade adulta. Isto porque estas perdas abruptas, ocorridas de forma acidental ou intencional, quase sempre têm um caráter traumático para os familiares sobreviventes e mais ainda para as crianças.TRAUMA: O trauma provém de um acontecimento na vida do indivíduo, que se define pela sua intensidade e pela incapacidade do sujeito de responder de forma adequada, provocando transtornos e efeitos patogênicos na organização psíquica do indivíduo. As perdas repentinas, violentas e prematuras podem ser consideradas dentre as mais difíceis de serem elaboradas. Por isso, a maior crise com a qual uma criança pode se deparar é a morte repentina de um ou de ambos os pais, a qual afeta o sentimento de onipotência infantil, ao mostrar para ela que seus pais não são seres superpoderosos, como imaginava. Da mesma forma, pode surgir culpa, através de impulsos agressivos, que a criança acredita terem se tornado realidade, através da morte.A morte repentina de um genitor gera, ainda, uma série de mudanças que vão além do desaparecimento da pessoa. Neste contexto, a criança perde também os pais da forma como eram anteriormente, já que o sobrevivente também se modifica em seus aspectos emocionais, comportamentais e nos papéis que necessitam ser readaptados. Como consequência, ela é submetida a uma tarefa ainda mais complexa que a do adulto, pois a perda a priva também de uma base segura e de identificação, obrigando-a abrir mão do mundo que ela conhecia, tornando mais difícil lidar com toda a gama de sentimentos que a invadem com o desmoronamento da família.FASES DO LUTO: O luto pode ser descrito em quatro fases, de acordo com o psicólogo John Bowlby, as quais comumente seguem um padrão básico, ainda que se diferenciem em relação à intensidade e duração para cada pessoa:PRIMEIRA FASE: torpor ou aturdimento – geralmente tem a duração de algumas horas ou semanas, podendo vir acompanhada de manifestações de desespero ou raiva.SEGUNDA FASE: saudade e busca da figura perdida – pode durar meses ou anos, e caracteriza-se pelo impulso de buscar e recuperar o ente querido, sendo que a raiva pode mostrar-se presente, quando o indivíduo percebe realmente o fato a perda.TERCEIRA FASE: desorganização e desespero – é frequente o choro, a raiva, acusações envolvendo pessoas próximas e uma profunda tristeza, em virtude da constatação do caráter definitivo da perda. Nesta fase, podem surgir sentimentos mais depressivos, com sensação de que nada mais tem valor.QUARTA FASE: organização – ocorre a aceitação da perda e a constatação de que uma nova vida precisa ser iniciada.Contudo, a saudade, a necessidade do outro e a tristeza podem retornar em qualquer fase, já que o processo de luto nunca está totalmente concluído.Porém, em situações de perda repentina, segundo John Bowlby, a fase de protesto e busca da figura perdida (Fase 2) tende a ser vivida com mais intensidade, sendo que o indivíduo enlutado se empenha, na realidade ou em pensamento, em recuperar a pessoa perdida, recriminando-a pelo seu desaparecimento. Nesta fase, surgem sentimentos ambivalentes, incluindo raiva, esperança e desespero. A raiva em relação ao falecido, de acordo com o autor, é parte integrante da reação de pesar, podendo, em contrapartida, mobilizar culpa, por ser percebida como um sentimento indigno e degradante. No entanto, para que haja a elaboração da perda, é necessário que o indivíduo possa expressar e lidar com os mais diferentes sentimentos suscitados pela morte. Neste sentido, a incapacidade da criança para expressar abertamente esses impulsos pode levar ao desenvolvimento de um luto patológico, com dificuldade de elaboração desta perda.CONTAR OU NÃO CONTAR PARA A CRIANÇA? Alguns autores acreditam que sonegar informações às crianças tem por base o senso comum, segundo o qual elas não teriam capacidade de sentir e compreender a perda e por isso, expô-las a tal informação poderia traumatizá-las. Arminda Aberastury e John Bowlby consideram essa dificuldade em lidar com a morte e com o sofrimento infantil como parte do universo dos adultos. Portanto, ao contrário do que se costuma pensar, a criança assimila a perda e se mobiliza com esta realidade, de modo que conversar com a criança, falando a verdade, é importante para que possa realizar o processo de luto de uma forma saudável.COMO LIDAR, DE ACORDO COM CADA FASE DA INFÂNCIA: DE 0 A 5 ANOS: Estudos mostram que crianças com menos de cinco anos veem a morte como algo reversível, muito parecido com o sono e a separação, não tendo noção de causa e efeito. Nestes casos, seria importante deixar claro para a criança que a pessoa morreu, dando exemplos concretos e palpáveis, de um fato real que elas tenham vivenciado (morte de um animal, por exemplo). Segundo o autor, enganar a criança pode gerar raiva e frustração em relação ao adulto que lhe mentiu, abalando a relação de confiança.DE 5 A 7 ANOS: Entre os cinco e os sete anos, além de um exemplo concreto, a criança já pode receber explicações mais minuciosas sobre o fato, já que sua capacidade de julgar causa e efeito está desenvolvida.8 ANOS: A partir dos oito anos, a criança, de modo geral, já vê a morte como irreversível, mas não como natural, podendo entendê-la como uma punição. Neste caso, cabe ao adulto corrigir as distorções da criança, de modo a amenizar a culpa e o desenvolvimento de sintomas psicossomáticos.9 ANOS: Aos nove anos, a morte passa a ser entendida como universal e não necessariamente induzida por alguém, de forma que a criança já se mostra capaz de participar das conversas como os adultos.Assim, independentemente da idade da criança, é importante informá-la sobre o evento, adaptando o linguajar e a complexidade da explicação ao seu nível de compreensão.Concluindo, é importante destacar que a perda de genitores por morte repentina na infância pode ter inúmeras consequências a curto, médio e longo prazo. Por isso, a ação profilática, tal como o diálogo aberto da família com a criança, a orientação de profissionais da psicologia em relação a possíveis formas de manejo e, em muitos casos, a psicoterapia são necessários, a fim de minimizar os danos ocasionados por tal evento traumático.O atendimento psicoterapêutico pode auxiliar a criança e sua família no processo de elaboração da perda, ainda mais em situações em que os adultos cuidadores também se encontram enlutados, apresentando dificuldade de lidar com a situação e com a própria expressão de afetos dolorosos por parte da criança. A expressão das emoções por meio do diálogo ou do brinquedo, em um espaço seguro e acolhedor, como o setting psicoterápico, por mais dolorosa que seja, pode auxiliar a todos os envolvidos a atravessar este momento de vida desorganizador, de forma mais adaptativa.Fonte: ANTON, M. C; FAVERO, E. Morte repentina de genitores e luto infantil: uma revisão da literatura em periódicos científicos brasileiros. Interação em Psicologia (Qualis/CAPES: A2), [S.l.], v. 15, n. 1, out. 2011. ISSN 1981-8076. Disponível em: <http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/psicologia/article/view/16992>. Acesso em: 13 Mai. 2015. doi:10.5380/psi.v15i1.16992.Compartilhe isso:Curtir isso:Curtir Carregando. TDAH O que é o TDAH? O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD. Existe mesmo o TDAH? Ele é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamento diferenciado na escola. Não existe controvérsia sobre a existência do TDAH? Não, nenhuma. Existe inclusive um Consenso Internacional publicado pelos mais renomados médicos e psicólogos de todo o mundo a este respeito. Consenso é uma publicação científica realizada após extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não compartilham necessariamente as mesmas idéias sobre todos os aspectos de um transtorno. Por que algumas pessoas insistem que o TDAH não existe? Pelas mais variadas razões, desde inocência e falta de formação científica até mesmo má-fé. Alguns chegam a afirmar que “o TDAH não existe”, é uma “invenção” médica ou da indústria farmacêutica, para terem lucros com o tratamento.No primeiro caso se incluem todos aqueles profissionais que nunca publicaram qualquer pesquisa demonstrando o que eles afirmam categoricamente e não fazem parte de nenhum grupo científico. Quando questionados, falam em “experiência pessoal” ou então relatam casos que somente eles conhecem porque nunca foram publicados em revistas especializadas. Muitos escrevem livros ou têm sítios na Internet, mas nunca apresentaram seus “resultados” em congressos ou publicaram em revistas científicas, para que os demais possam julgar a veracidade do que dizem.Os segundos são aqueles que pretendem “vender” alguma forma de tratamento diferente daquilo que é atualmente preconizado, alegando que somente eles podem tratar de modo correto.Tanto os primeiros quanto os segundos afirmam que o tratamento do TDAH com medicamentos causa conseqüências terríveis. Quando a literatura científica é pesquisada, nada daquilo que eles afirmam é encontrado em qualquer pesquisa em qualquer país do mundo. Esta é a principal característica destes indivíduos: apesar de terem uma “aparência” de cientistas ou pesquisadores, jamais publicaram nada que comprovasse o que dizem.Veja um texto a este respeito e a resposta dos Professores Luis Rohde e Paulo Mattos:Why I Believe that Attention Deficit Disorder is a MythPorque desinformação, falta de raciocínio científico e ingenuidade constituem uma mistura perigosa O TDAH é comum? Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos. Quais são os sintomas de TDAH? O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:1) Desatenção2) Hiperatividade-impulsividade O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como “avoadas”, “vivendo no mundo da lua” e geralmente “estabanadas” e com “bicho carpinteiro” ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos (“colocam os carros na frente dos bois”). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São freqüentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande freqüência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão. Quais são as causas do TDAH? Já existem inúmeros estudos em todo o mundo – inclusive no Brasil – demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade, etc.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios). Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões. A) Hereditariedade: Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a partir de observações de que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes também afetados com TDAH era mais freqüente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH. A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamado de recorrência familial).Porém, como em qualquer transtorno do comportamento, a maior ocorrência dentro da família pode ser devido a influências ambientais, como se a criança aprendesse a se comportar de um modo “desatento” ou “hiperativo” simplesmente por ver seus pais se comportando desta maneira, o que excluiria o papel de genes. Foi preciso, então, comprovar que a recorrência familial era de fato devida a uma predisposição genética, e não somente ao ambiente. Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com adotados. Nos estudos com adotados comparam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças afetadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois grupos de pais. Eles mostraram que os pais biológicos têm 3 vezes mais TDAH que os pais adotivos.Os estudos com gêmeos comparam gêmeos univitelinos e gêmeos fraternos (bivitelinos), quanto a diferentes aspectos do TDAH (presença ou não, tipo, gravidade etc…). Sabendo-se que os gêmeos univitelinos têm 100% de semelhança genética, ao contrário dos fraternos (50% de semelhança genética), se os univitelinos se parecem mais nos sintomas de TDAH do que os fraternos, a única explicação é a participação de componentes genéticos (os pais são iguais, o ambiente é o mesmo, a dieta, etc.). Quanto mais parecidos, ou seja, quanto mais concordam em relação àquelas características, maior é a influência genética para a doença. Realmente, os estudos de gêmeos com TDAH mostraram que os univitelinos são muito mais parecidos (também se diz “concordantes”) do que os fraternos, chegando a ter 70% de concordância, o que evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH.A partir dos dados destes estudos, o próximo passo na pesquisa genética do TDAH foi começar a procurar que genes poderiam ser estes. É importante salientar que no TDAH, como na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, nunca devemos falar em determinação genética, mas sim em predisposição ou influência genética. O que acontece nestes transtornos é que a predisposição genética envolve vários genes, e não um único gene (como é a regra para várias de nossas características físicas, também). Provavelmente não existe, ou não se acredita que exista, um único “gene do TDAH”. Além disto, genes podem ter diferentes níveis de atividade, alguns podem estar agindo em alguns pacientes de um modo diferente que em outros; eles interagem entre si, somando-se ainda as influências ambientais. Também existe maior incidência de depressão, transtorno bipolar (antigamente denominado Psicose Maníaco-Depressiva) e abuso de álcool e drogas nos familiares de portadores de TDAH. B) Substâncias ingeridas na gravidez: Tem-se observado que a nicotina e o álcool quando ingeridos durante a gravidez podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a região frontal orbital. Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção. É importante lembrar que muitos destes estudos somente nos mostram uma associação entre estes fatores, mas não mostram uma relação de causa e efeito. C) Sofrimento fetal: Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. A relação de causa não é clara. Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas e assim possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto. Ou seja, a carga genética que ela própria tem (e que passa ao filho) é que estaria influenciando a maior presença de problemas no parto. D) Exposição a chumbo: Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH. Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica. E) Problemas Familiares: Algumas teorias sugeriam que problemas familiares (alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo) poderiam ser a causa do TDAH nas crianças. Estudos recentes têm refutado esta idéia. As dificuldades familiares podem ser mais conseqüência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais).Problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo. F) Outras Causas Outros fatores já foram aventados e posteriormente abandonados como causa de TDAH:1. corante amarelo 2. aspartame 3. luz artificial 4. deficiência hormonal (principalmente da tireóide) 5. deficiências vitamínicas na dieta. Todas estas possíveis causas foram investigadas cientificamente e foram desacreditadas. Fonte: http://www.tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-o-tdah.htmlCompartilhe isso:Curtir isso:Curtir Carregando. O que é Alzheimer A Doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável que se agrava ao longo do tempo, mas pode e deve ser tratada. Quase todas as suas vítimas são pessoas idosas. Talvez, por isso, a doença tenha ficado erroneamente conhecida como “esclerose” ou “caduquice”.A doença se apresenta como demência, ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.Seu nome oficial refere-se ao médico Alois Alzheimer, o primeiro a descrever a doença, em 1906. Ele estudou e publicou o caso da sua paciente Auguste Deter, uma mulher saudável que, aos 51 anos, desenvolveu um quadro de perda progressiva de memória, desorientação, distúrbio de linguagem (com dificuldade para compreender e se expressar), tornando-se incapaz de cuidar de si. Após o falecimento de Auguste, aos 55 anos, o Dr. Alzheimer examinou seu cérebro e descreveu as alterações que hoje são conhecidas como características da doença.Não se sabe por que a Doença de Alzheimer ocorre, mas são conhecidas algumas lesões cerebrais características dessa doença. As duas principais alterações que se apresentam são as placas senis decorrentes do depósito de proteína beta-amiloide, anormalmente produzida, e os emaranhados neurofibrilares, frutos da hiperfosforilação da proteína tau. Outra alteração observada é a redução do número das células nervosas (neurônios) e das ligações entre elas (sinapses), com redução progressiva do volume cerebral.Estudos recentes demonstram que essas alterações cerebrais já estariam instaladas antes do aparecimento de sintomas demenciais. Por isso, quando aparecem as manifestações clínicas que permitem o estabelecimento do diagnóstico, diz-se que teve início a fase demencial da doença.As perdas neuronais não acontecem de maneira homogênea. As áreas comumente mais atingidas são as de células nervosas (neurônios) responsáveis pela memória e pelas funções executivas que envolvem planejamento e execução de funções complexas. Outras áreas tendem a ser atingidas, posteriormente, ampliando as perdas.Estima-se que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com a Doença de Alzheimer. No Brasil, há cerca de 1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico.Fonte: http://abraz.org.br/sobre-alzheimer/o-que-e-alzheimerCompartilhe isso:Curtir isso:Curtir Carregando. Categorias Anúncios Publicar em Cancelar Privacidade e cookies: Esse site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso. 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