Sobre Placitude
Placitude - - Placitude Thursday, May 18, 2017 Como lidar com períodos de criseComo viver melhor em períodos de crise Sabemos que crise é uma palavra que tem vários significados, desde mudança, ruptura, perda, separação, momento perigoso etc. É um conceito usado em várias dimensões, como a economia, psicologia, sociologia, entre outros. Hoje em dia vivemo-la diariamente. Estamos cansados, tristes, ansiosos, inseguros… Vemos as notícias e o desespero é cada vez maior! Não temos uma solução para a crise econômica-política, mas propomos aqui pequenas alterações no nosso dia-a-dia que podem fazer com que este período tão duro, seja mais leve para cada um de nós Todos os dias ao acordar, faça uma respiração profunda e enumere mentalmente aquilo pelo qual se sente grato, por exemplo, a sua saúde, os seus filhos, a sua inteligência, a sua criatividade etc. Deixe a sua mente fluir. Tendo em conta que o contexto é inseguro, tornamo-nos mais ansiosos se estivermos sempre a pensar no futuro, por isso faça exercícios diários para aumentar a consciência do seu presente. Cuide mais do que nunca da sua saúde. Em momentos de crise os recursos externos esgotam-se e a maioria das pessoas têm a tendência a descuidar-se quando devíamos fazer exatamente o oposto! Caminhe, respire, beba muita água, faça uma dieta saudável. Podem retirar os nossos recursos externos, mas os internos são nossos e deles cuidamos nós! Todos os dias antes de deitar, escreva numa folha o que correu bem no seu dia e dê atenção às pequenas coisas, como o sorriso que recebeu do seu amigo, o telefonema que fez à sua mãe. Repare nas coisas que dá como garantidas, mas não são… Repare na sua comunicação interna e externa e veja se está a queixar-se mais do que a pensar em soluções. A forma como comunicamos é muitas vezes a forma como pensamos, e podemos mudar o foco do nosso pensamento para a solução em vez de ser para o problema Expresse o seu amor e generosidade. Em crise a insegurança e o medo torna-nos mais fechados, tristes e preocupados. Estar em conexão com sentimentos de amor e generosidade, traz mais bem estar à nossa vida Lembre-se que tudo passa e que a vida é composta de fases, umas duras outras menos. Quando estamos em crise, sentimos que esse é o único cenário possível, mas não é! Estimule a sua criatividade. A crise sufoca a utilização de estratégias que deixaram de ser possíveis; estimular a criatividade é fundamental para encontrarmos soluções que não foram pensadas antes- ande sempre com um bloco para anotar novas ideias- perca a postura crítica e adote a postura aberta- seja curioso- troque a sua rotina- leia sobre todos os assuntos Seja ativo e não passivo. Em vez de reclamar do que não pode mudar, pense no que pode mudar, mesmo que seja algo pequeno. Mobilize as pessoas à sua volta para uma postura saudável e positiva; quanto mais pessoas tocarmos, mais fácil será superar este período Faça as pazes com a palavra FIM. A crise muitas vezes traz a perda de algumas coisas ou situações, mas o fim de um processo é sempre o início de outro. A vida é cheia de finais e começos, pacificarmo-nos com o fim traz-nos mais bem estar e paz Lembre-se sempre que não está sozinho! A crise será aquilo que quisermos fazer dela, se cada um cuidar bem de si mesmo, estamos a um passo de fazer com que este período possa ser uma fase positiva para todos! #placitude #psicologia #saudemental Adaptado da Oficina de Psicologia para nossa realidadePosted byPlacitude Psiquiatriaat8:18 PMNo comments: Email ThisBlogThis!Share to TwitterShare to FacebookShare to Pinterest Thursday, June 9, 2016 Quer passar na prova? Enfie a mão em um balde de gelo!A pressão pode torná-lo mais afiado e forte! Essa é a teoria do professor Ian Robertson que lançou um livro sobre diferentes respostas ao estresse (The Stress Test, Prof. Ian Robertson). O livro traz a história de um professor universitário que ficou refém de fundamentalistas islâmicos em Beirute por quatro anos. O professor decidiu fazer uma guerra de resistência, exercendo o controle que podia da situação. Quando libertado, ele estava fisicamente fraco mas mentalmente mais forte do que se lembrava ter estado. Em comparação um empresário quase entrou em crise pelo estresse quando se esqueceu de suas falas perante a audiência em uma convenção. Porquê algumas pessoas são fragmentadas por eventos traumáticos enquanto outras conseguem se inspirar através deles? Ian Robertson, um neuroscientista e psicólogo irlandês já havia explorado a neuroplasticidade - capacidade do cérebro se adaptar - no livro Mind Sculpture de 1999. Nele o autor explora como o uso constante de partes específicas do cérebro o fazem expandir, assim como o exercício torna os músculos maiores. Aprenda uma nova língua, um instrumento musical, Braile. e seu córtex é estimulado, modificado e cresce. Novas experiências mudam os circuitos cerebrais. Se a experiência for ruim, o efeito pode ser catastrófico. Um evento como um assalto ou um sequestro relâmpago podem mudar permanentemente a personalidade, deixando a vítima vulnerável, com medo de sair de casa e até com pensamentos suicidas. A dor e a ansiedade, de acordo com as evidências de Robertson podem melhorar nosso desempenho. Por exemplo, uma boa muleta para aprender é mergulhar a mão em um balde com gelo. O desconforto afia a mente e cria memórias mais acuradas e mais duradouras. Você sabia, por exemplo, que as estradas mais perigosas do mundo são em linha reta? Sem o estresse os motoristas ficam entediados e saem da pista. A diferença entre a situação do refém e a do empresário, segundo o autor, é a sensação de controle. Ela é crucial ao lidar com o estresse. O controle ou o desamparo modificam o cérebro. O estresse é inevitável na vida, mas se você consegue extrair alguma lição ou tentar controlá-lo de alguma forma, pode transformá-lo em aliado mental. Por fim, se você pensa que uma aposentadoria precoce lhe trará paz e sossego mental, é melhor rever seus planos. Na França, onde muitas pessoas aposentam aos 50 e poucos anos, a agilidade mental declina vertiginosamente aos 60 anos. Nos EUA, em contraste, onde as pessoas trabalham por mais uma década, indivíduos de 60 anos tem a mente tão afiada quanto aos 50 anos. A melhor proteção contra a perda de memória é a boa educação, um cérebro ativo, com experiências novas e desafiadoras e o controle (dentro do possível) do estresse da sua vida.Posted byPlacitude Psiquiatriaat9:02 PMNo comments: Email ThisBlogThis!Share to TwitterShare to FacebookShare to Pinterest Tuesday, March 8, 2016 4 sinais que você está tendo um esgotamento nervoso“Esgotamentonervoso” é o termo utilizado para o estado em que as coisas chegam ao limite evocê tem dificuldades para ter uma visão positiva da vida. Recentemente o termo“burnout” tem sido mais utilizado para nomear o esgotamento, mas este último serefere mais especificamente a colapso nervoso secundário a estresse notrabalho.Qualquero rótulo utilizado, o sentimento é de exaustão, desesperança e uma sensação de paralisia. Oestresse crônico que geralmente causa o esgotamento é alto, excitatório ecaracterizado por sentimento de “alerta constante”. Altas demandas de estressenão causam necessariamente esgotamento ou burnout mas podem “sobrecarregar osistema”. Essa demanda não é causada apenas pelo trabalho ou a família, mastambém pelas expectativas sobre nós mesmos e que deveríamos estar fazendo algoútil nos períodos de descanso. Não entender que precisamos de descanso erecuperação é um hábito que aos poucos reduz nossa energia e recursos mentais. Se você reconhece alguma das seguintes frases, é hora de priorizar o descanso:“Nãoconsigo mais (lidar com isso)” – para os mineiros, “não dou conta mais”“Tudoestá intenso demais”“Sóquero fugir/dormir/me esconder/ficar no quarto”“Mesinto no limite” Ossinais abaixo são comumente vistos antes de um esgotamento nervoso. Seumédico pode avaliar a situação e reconhecer outros padrões. 1. Fisiológicosa. Dores no corpo e estar sempregripado/doenteb. Problemas digestivos: inchaço, constipaçãoe diarreiac. Desejo por doces e estimulantes Como se ajudar:Sente-se para se alimentar e use aspausas de alimentação como pontuações em um dia agitado.Ter tempo para focar no alimento (parede mexer nesse celular no horário das refeições!) ajuda o corpo e a respiraçãoa relaxar. Escolha alimentos saudáveis (frutas) para reduzir o desejo por açúcar. 2. Comportamento físicoa. Postura ruimb. Respiração superficialc. Reações a sons, luzes e movimentos súbitosUm de nossos mecanismos de proteção énos curvarmos para proteger o abdome. A postura cabisbaixa e encurvada éconstantemente vista no estresse crônico, na depressão e burnout. Outros sintomascomuns são a sensação de estar constantemente alerta e assustar-se fácil; sinais que há liberação de estratégias de sobrevivência frente a um possívelataque. Como se ajudar:Procure encontrar um pouco de paz etranquilidade sempre que precisar, removendo-se de uma situação estressantepara depois retomá-la. Sentar-se adequadamente ajuda a pensar com mais clareza emelhora a capacidade respiratória, ao alinhar o tórax e o diafragma. Se sentar na sua estação de trabalho/estudo colabora para sua má postura, faça pausas regulares para andar e esticar-se. Sevocê pode andar lá fora, ver o verde é sempre mais relaxante, mesmo que seja apenas um jardim. 3. Aspectos emocionaisa. Monólogos e diálogos internos aceleradosb. Reações dominadas pelo medo, sensibilidademaior à opinião dos outrosc. Cansaço generalizado, medo de relaxarO estresse é uma resposta excitatória queaumenta a energia para a motivação e foco no intuito de realizar/terminartarefas. Também é um modo de sobrevivência, promovendo uma visão geral de medopara garantir a proteção do indivíduo. Ansiedade, desespero e medo do futuropodem ser os sentimentos dominantes e atrapalhar nossas decisões e ações, nos mantendo emciclos viciosos que alimentam o estresse. Como se ajudar:Segurança é a palavra chave: procurerefúgios (lugares e situações onde se sinta confortável, calmo e acolhido) pararelaxar a mente e o corpo. Não importa se é tempo com um bom amigo, banhosdemorados, andar no campo ou conversar com seu terapeuta. Esses atos degentileza consigo mesmo convencem a mente que você não precisa ficar trancadono estado de hipervigilância.Sua mente está tentando te proteger de umperigo em potencial. Fale com alguém que tenha objetividade na vida para ajuda-lo a ver com mais clareza. Procure cursos derelaxamento ou meditação para ajudar. 4. Atitude perante a vidaa. Tarefas rotineiras parecem mais difíceisb. Necessidade de se isolarc. Sono de má qualidade e não repousanteOestresse que sobrecarrega emocionalmente causa diferentes sintomas de esgotamentonervoso/burnout em cada um de nós: ansiedade, palpitações, ataques de pânico,paranoia. todos são sintomas de hiper-reatividade do sistema nervoso. Isso ébastante cansativo e nos deixa com pouca energia durante o dia. Hormônios deestresse aumentados podem interferir com a recuperação do sono profundo e noslevar a reagir de forma inapropriadamente intensa a pequenos estresses. Como se ajudar:Nósnos acostumamos a uma vida hiperestimulada e estar em paz e quietos pareceestranho e assustador. Entenda: nosso cérebro não foi desenhado parareceber a quantidade de informação com que o bombardeamos dia a dia: redessociais e noticiários (desastres e violência), por exemplo, não nos ajudam apensar que o mundo é um local onde podemos estar seguros. Ver telas (tablets, computador,celular) à note interfere com a produção de melatonina, o hormônio do sono, eprovoca movimentos oculares que nos mantém alerta. Tireuma folga da tecnologia sempre que possível e procure atividades que reduzem oshormônios de estresse: música, jogos (não eletrônicos!), hobbies e ioga. Façacaminhadas e pausas regulares. Deixe outras pessoas te ajudar e aprenda a pedirajuda.Posted byPlacitude Psiquiatriaat6:57 PMNo comments: Email ThisBlogThis!Share to TwitterShare to FacebookShare to PinterestLabels:ansiedade,burnout,depressão,estresse Friday, February 26, 2016 Como a dieta pode afetar a depressão?10 dicas para comermelhor se você ou alguém que conhece está com depressão: 1. Coma uma dieta ricaem nutrientesOs nutrientesdos alimentos suportam o reparo, crescimento e bem-estar do corpo. Todosnecessitamos de vitaminas, sais minerais, carboidratos, proteínas e pequenaquantidade de gorduras. Deficiências de quaisquer desses nutrientes fazem comque o corpo não trabalhe em sua capacidade normal e podem acarretar doenças.2. Encha seu prato deantioxidantesRadicaislivres são produzidos como resultado de funções normais do corpo e podem levar adanos celulares, envelhecimento e doenças. O cérebro é particularmente afetadopelos danos dos radicais livres. Antioxidantes como beta caroteno, vitaminas Ce E combatem seus efeitos. Não há forma de se parar completamente a produçãodestas moléculas, mas podemos reduzir seu efeito deletério ingerindo alimentosricos em antioxidantes, como por exemplo:· Beta-caroteno: damasco,melão, cenoura, couve galega, pêssego, abóbora, espinafre, batata doce· Vitamina C: mirtilo(blueberries), brócolis, toranja, kiwi, laranja, pimentão, batata, morango,tomate· Vitamina E: manteiga,nozes (castanhas, amendoim, amêndoas, pistache) e sementes (abóbora, melão,girassol), óleos vegetais, gérmen de trigo3. Coma carboidratos “inteligentes”para acalmarAconexão entre carboidratos e humor se dá através da serotonina, umneurotransmissor. Aparentemente a vontade de comer carboidratos se dá por umadiminuição da serotonina. Limite o consumo de doces e carboidratos simples(bolos e pães) e opte por carboidratos complexos (como os integrais), frutas,vegetais e legumes. 4. Coma alimentosricos em proteínas para ficar mais alertaPeixes,frango, peru, são ricos em triptofano, um aminoácido que ajuda a aumentar aprodução de serotonina. Tente incluir uma fonte de proteínas na sua dietavárias vezes ao dia, especialmente se precisa aumentar sua energia e ficar coma mente mais clara.· Boas fontes deproteínas: feijão e ervilhas, carnes magras, queijos light,peixes, leite, ovos, produtos de soja e iogurtes5. Opte por uma dietamediterrâneaA dieta mediterrânea éuma dieta balanceada que inclui muitas frutas, nozes, vegetais, cereais,legumes e peixes. Um estudo espanhol com quase 10 mil participantes mostrou queas taxas de depressão aumentam com a diminuição da ingesta de folato. Mulheresque ingerem pouca vitamina B12, especialmente se fumantes e sedentárias,tiveram os mesmos resultados. Você encontra folatoem pilares da dieta mediterrânea como legumes, nozes, frutas e vegetais verdes.A vitamina B12 é encontrada em produtos animais magros como peixes e derivadosdo leite.6. Aumente a vitamina DEm 2010 um estudo americanomostrou que o risco de se ter depressão é maior em pessoas com deficiência devitamina D. Outro, da Universidade de Toronto, observou que pessoas que sofremde depressão (especialmente depressão sazonal) sentem-se melhores quando osníveis de vitamina D aumentam. Existem receptores para vitamina D no cérebro eainda não se sabe qual a dose ideal de vitamina D, mas sabe-se que em excessopode causar problemas nos níveis de cálcio e nos rins.7. Escolha alimentosricos em selênioSelênio é um mineral essencialpara boa saúde. Vários estudos mostraram associação entre baixa ingesta deselênio e piora do humor, embora não se tenha certeza que a suplementaçãomelhore a depressão.Se ingerido emexcesso, o selênio pode ser tóxico. Isso é improvável de acontecer se vocêingere o selênio através dos alimentos (necessidade diária de 55mcg paraadultos), ao invés de tomar suplementos.· Alimentos ricos emselênio:feijão e legumes, carnes magras (porco, vaca, frango, peru), derivados doleite, nozes e sementes (especialmente castanha-do-Pará), peixes e frutos domar (ostras, mariscos, sardinhas, caranguejo) e cereais integrais (macarrãointegral, arroz, aveia, etc.)8. Inclua ômega 3 nadietaNóssabemos que o ômega 3 tem inúmeros benefícios na saúde. Recentemente foiobservado uma ligação entre deficiência do ômega-3 e depressão ao se observarque sociedades que não ingerem o suficiente tem taxas maiores de episódiosdepressivos. Outros estudos apontam que pessoas que comem pouco peixe (umaótima fonte de ômega-3) tem maior probabilidade de ter depressão.· Fontes de ômega-3: peixesgordurosos (anchovas, carapau, salmão, sardinhas, atum), linhaça e nozes· Fontes de ácido alfalinolênico (outra fonte de omega-3): linhaça,óleo de canola, óleo de soja, nozes e vegetais verdes.9. Cuide do seu estilode vidaMuitaspessoas com depressão têm problemas com álcool ou drogas. O álcool interfere nohumor, sono, motivação e pode reduzir o efeito de antidepressivos. Alimentos ebebidas ricos em cafeína podem aumentar a ansiedade e piorar o sono. Reduzir oconsumo de cafeína e evita-la completamente após as 18 horas melhora aqualidade do sono.10. Mantenha um pesosaudável Umestudo no Journal of Clinical Psychology:Science and Practice mostra que pessoas obesas tem maior probabilidade deter depressão. Além disso, segundo o estudo, pessoas deprimidas tem maiorprobabilidade de se tornarem obesas. Acredita-se que a ligação entre obesidadee depressão se dê por mudanças fisiológicas nos sistemas imune e hormonaldurante a depressão. Se você tem problemas em manter o peso adequado, fale com umprofissional sobre manejo com dietas e exercícios.Posted byPlacitude Psiquiatriaat7:29 PMNo comments: Email ThisBlogThis!Share to TwitterShare to FacebookShare to PinterestLabels:depressão,dieta,obesidade,saúde mental Wednesday, February 24, 2016 Como entender os transtornos de personalidade?Ler sobre as características dos transtornos de personalidade pode ser confuso. Os desenhos fantásticos de Julie Ha do blog "Where's Cheese?" são muito didáticos e engraçados e tomei a liberdade de traduzí-los para o português, tentando ser o mais fiel possível ao seu senso de humor, para ajudar a difundir conhecimento sobre as personalidades e sobre o trabalho da artista. Posted byPlacitude Psiquiatriaat7:27 PMNo comments: Email ThisBlogThis!Share to TwitterShare to FacebookShare to PinterestLabels:personalidade,saúde mental Monday, February 22, 2016 Você está sempre com pressa? Se você faz muitastarefas ao mesmo tempo e está sempre lutando contra o relógio, sem tempo paranada, você pode estar a sofrer da Síndrome da Pressa. Segundo pesquisa do International Stress Management Association doBrasil (ISMA-BR), associação internacional com o objetivo de prevenir e trataro stress, 30% dos profissionais sofrem com a doença da pressa. Cerca de70% dos brasileiros economicamente ativos sofrem com o estresse maladministrado. A ISMA-BR entrevistou mil profissionais brasileiros (homens e mulheres),de 25 a 65 anos, ativos no mercado de trabalho para detectar as consequênciasde se manter um estilo de vida excessivamente acelerado, conhecido como hurrysickness, ou doença da pressa. 30% das pessoas entrevistadas sofriam da doençada pressa, sendo que 8% já diminuíram o ritmo e 13% querem fazê-lo. Pessoas que ficam tamborilando os dedos impacientemente enquanto esperamque o micro-ondas apite ou que suspiram quando o computador inicia podem estar asofrer desta síndrome do mundo moderno. Um estudo semelhante desenvolvido na Inglaterra avaliou 1113 adultos eevidenciou que 65% dos voluntários eram ocupados demais para conseguir uma horacompleta para o almoço e que 52% prefeririam dormir uma hora a mais a noite doque fazer sexo com seus parceiros. Um certo senso de urgência é um grande motivador para finalizar otrabalho o mais rápido possível. Pessoas bem sucedidas são mais provavelmenteutilizadoras de um senso de urgência para conseguir fazer o trabalho fluirmelhor. Um estado fluido é um estado mental “ótimo”, no qual o indivíduo estámais apto a completar tarefas de alto valor continuadamente, com altos níveisde competência. Assim, algum estresse é desejável para se desenvolver a sensaçãode urgência. Esta sensação é diferente da pressa na qual o indivíduo desenvolveconceitos irrealistas de tempo e coloca-se em situações de demanda irrealista,resultando em estresse contínuo e extremo. Quando o indivíduo desenvolve a síndrome da pressa, a quantidade, aoinvés da qualidade das tarefas é priorizada e isso afeta a vida profissionallevando a erros. A vida social passa a ser negligenciada. Pessoas que sofrem dasíndrome tendem a realizar diversas tarefas ao mesmo tempo (comer um sanduichecorrendo enquanto fala ao telefone e digita números no computador, por exemplo)e não conseguem, na verdade, desempenhar nenhuma delas adequadamente. A síndrome da pressa é velha conhecida da medicina e da psicologia deaviação, sendo causa do maior acidente do mundo, nos anos 70. O acidente emTenerife, nas ilhas Canárias, foi a colisão de dois Boeings 747 lotados (KLM ePanAm). Após investigação detalhada averiguou-se que a principal causa doacidente foi erro humano: carga horária excessiva, estados físicos (cansaço) emotivacionais (os pilotos do Boeing 747 da KLM perderiam o bonus seatrasassem), um atraso devido a acidente prévio e condições climáticas queestavam progressivamente deteriorando deixaram os pilotos ansiosos e com pressade decolar. Com medo de maiores atrasos, os pilotos da KLM não cumpriram o take off checklist adequadamente etentaram decolar sem saber que havia outro Boeing 747 na pista (PanAm). Acolisão resultante causou o maior desastre da aviação em todos os tempos com amorte de 512 pessoas (todos os passageiros do jumbo KLM faleceram no acidente).Recentemente mais dois desastres aéreos (um no sul dos EUA e outro em NovaYork) também foram atribuídos a Hurry up syndrome. Profissionais de alto desempenho são os que mais podem sofrer com asíndrome e suas consequências. Ninguém gostaria de ser operado por um médicocom síndrome da pressa, que devido ao estado de estresse e a alta carga detrabalho pode negligenciar passos importantes de uma cirurgia. Da mesma forma,um contador que tem trabalhado exautivamente pode cometer graves erros ecomprometer o balanço de uma empresa. Entenda o estresse O estresse é parte da vida diária. Todas as pessoas o sentem em algummomento de suas vidas. O problema não é se as pessoas estão ou não estressadas,mas sim quanto estresse elas são capazes de tolerar. O estresse requer manejo,antes que tenha muitos efeitos negativos em nossa vida. A questão não é “Comoeu me livro do estresse?” Mas “Como posso manter meu estresse em níveisaceitáveis?” ou “Como posso reduzir o impacto do estresse que vivencio?” O estresse passo a passo A reação das pessoas ao estresse forma um padrão previsível, uma reaçãonormal de resposta a ameaças percebidas que consiste em: · Aumento da frequência cardíaca · Aumento da frequência respiratória · Sudorese · Aumento da pressão arterial · Extremidades frias · Alteração da distribuição sanguínea cerebral. Áreas responsáveis porlógica, pensamento criativo, resolução de problemas recebem menos sangue que épriorizado para regiões que controlam movimento dos músculos, preparando ocorpo para uma resposta de “luta ou fuga”. Pessoas estressadas tem maisdificuldade para pensar (o que acaba por aumentar o estresse). · No campo psicológico, há tendência para exagero, pensamentocatastrófico, diminuição da autoimagem e indecisão. · No comportamento, nota-se agitação, deambulação, fala e padrão alimentaracelerado, gesticulação com mãos quando fala, observação e pontuação da vidapelo relógio, todos os eventos (mesmo esperar na fila do supermercado) sãovistos como uma competição e impaciência com pessoas mais lentas. O estresse acontece em pessoas, não em situações Estudos recentes sugerem que o estresse é desencadeado não tanto pelasdemandas que nos esperam mas pela crença de qua não vamos conseguir desempenharas mesmas tão bem quanto gostaríamos. Se pensamos que conseguiremos desempenharbem uma determinada tarefa o nível de estresse é baixo. Se pensamos o contrárioe se espera que não lidar com a tarefa adequadamente levará a consequênciasdesagradáveis, os níveis de estresse são altos. A intensidade da reação deestresse depende do grau de desequilíbrio entre a demanda e os recursos paralidar com a tarefa, associados a severidade percebida das consequências dafalha no desempenho. Todos conhecemos pessoas que estãopassando por problemas difíceis, lidando com eles muito bem, mas sentindo-seestressadas porque pensam que não estão realizando uma tarefa adequada. Damesma forma, todos conhecemos pessoas que estão lidando muito mal com asdemandas da vida, mas pensam que estão a se sair lindamente e sentem poucoestresse. Lidando com o estresse Você e só você cria as pressões de tempo. Se você encara o tempo como uminimigo, vai senti-lo como sendo arrancado de si e a ansiedade aumenta. Aurgência excessiva é um problema cognitivo. Todos sentimos alguma pressão paraconseguir fazer nossas tarefas. Se, entretanto, você considera tudo em patamaresiguais de urgência, provavelmente sentirá mais estresse. Repense sua visão dotempo, como se relaciona com ele. Repense tarefas e eventos em uma perspectivamais adequada. Controle suas expectativas Na raiz do problema está a sensação de que sempre deveria fazer mais. Vocêestá tentando fazer mais do que é de fato capaz de fazer? Aprenda seus limitese foque em uma coisa de cada vez. Aprenda a lidar com suas falhas Muitos indivíduos com a síndrome da pressa apresentam medo intenso darejeição. Tentar agradar a todos contribui para o problema. Nem todos oscompromissos precisam ser encarados com um pensamento “8 ou 80”. Arriscar suavida no trânsito por poucos minutos de atraso cria mais problemas do quesoluciona. Chegar no horário é apropriado. Correr o tempo todo é um problema. Pense:qual a pior e a melhor consequência de cada situação e freie um pouco suaatitude. Pratique atividades lentas. Nem tudo tem que ser corrido. Quando falarcom pessoas, ouça mais do que fale. Quando você ouve mais, você diminui oritmo. A escuta atenta reduz o estresse.Posted byPlacitude Psiquiatriaat6:00 PMNo comments: Email ThisBlogThis!Share to TwitterShare to FacebookShare to PinterestLabels:ansiedade,estresse,produtividade Sunday, February 21, 2016 7 formas de ser produtivo quando se está deprimidoA depressão torna tudo mais difícil. Tarefas simples como sair da cama e tomar banho ou fazer o almoço parecem ser grandes desafios. Tentar trabalhar parece impossível! Manejar a perda de desempenho e produtividade pode melhorar a autoestima e a autoeficácia. Abaixo, 7 formas de lidar com exaustão do episódio depressivo. 1. Esteja preparadoMuitas pessoas com depressão tem períodos melhores e piores. Tente se antecipar e desempenhar suas atividades (seja trabalho, projetos da escola, ou afazeres do lar) quando você está num desses períodos melhores. Quanto menos coisas você tem que fazer quando está "para baixo", menos cobranças vai sentir ou sofrer. Elicitar um sentimento de boa fé no seu chefe/professor ajuda se você completar suas tarefas no tempo certo e participa ativamente quando pode. Se eles sabem que você é dedicado, mais facilmente lhe darão tempo extra nos períodos difíceis.2. Peça ajudaPode ser assustador, mas pedir ajuda não o torna fraco. Se você se preocupa com o estigma da doença mental (que infelizmente ainda existe), pode ser vago na sua explicação do porquê precisa de ajuda. "Estou passando por um período difícil" pode ser suficiente, especialmente para um empregador. As pessoas podem ser mais compreensíveis se você pedir leniência antes de necessitar dela: por exemplo, peça uma extensão de um prazo antes da data limite, ao invés de após o ter estourado. 3. Trabalhe 20/10Trabalhe 20 minutos, descanse 10. Dividir o trabalho dessa forma pode torná-lo mais maleável para quem tem depressão. Se 20/10 está difícil de executar, inverta a equação e traballhe 10/20 (10 minutos de ttrabalho, 20 de pausa). 4. PriorizeQuando se está deprimido, a pessoa fica ruminando cada tarefa, mentalmente listando detalhes sobre detalhes de afazeres e construindo uma montanha de coisas por fazer. A realidade muitas vezes é menos assustadora do que o que se imagina. Antes de ir para a cama ou ao acordar, escreva as 3 coisas mais importantes a se fazer naquele dia. Foque nestas 3 coisas. Obviamente você deve ter mais tarefas do que essas , mas mesmo assim, tente priorizar. Peça ajuda na elaboração da lista de prioridades: terapeutas, professores ou companheiros podem ser uma excelente fonte de recursos e serão honestos sobre o que mais importa e o que menos importa.5. Saia de casaTente sair de casa na maior parte dos dias, se você conseguir. É mais fácil ser produtivo sem distrações como a cama. Leve consigo apenas o que precisa (computador, cadernos, celular, etc.). Vá a um lugar onde conseguirá se sentir bem e focar na tarefa. Não precisa ser uma biblioteca. Pode ser um café, um parque, a casa de um amigo, onde quer que seja mais fácil para você trabalhar um pouco. Sair de casa também ajuda a lembrar que existe um mundo lá fora e que você é parte dele. Às vezes, o simples fato de sair de casa te dá energia para fazer algumas de suas tarefas. 6. Aceite que sua produção não será a mesma de antesAceite que, nos períodos difíceis, nem sempre conseguirá cumprir todas as tarefas elas nem sempre sairão com a mesma qualidade. Você não é uma máquina. Evite se culpar por isso, mas tente dar o melhor dentre suas capacidades. 7. Acima de tudo, cuide de si mesmoCumprir a rotina de terapia, tomar os medicamentos, repousar. é assim que se melhora a produtividade. Busque todo o auxílio nececssário e use todas as ferramentas disponíveis. Se você está se afogando na depressão e rejeitando todos os salva-vidas que lhe são oferecidos, não vai conseguir fazer nada que lhe é exigido. Mais do que isso, você merece melhorar. Você merece lidar com a depressão da melhor forma possível e encorajar-se a lidar com seu dia a dia. Você vale mais que um curso ou que um trabalho. Eles são importantes, mas você é mais importante. Valorize seu autocuidado! Isso o ajuda a ser mais produtivo, mas também o ajuda a estar entre nós, e isso importa mais que tudo! Posted byPlacitude Psiquiatriaat4:13 PMNo comments: Email ThisBlogThis!Share to TwitterShare to FacebookShare to PinterestLabels:depressão,produtividade Older PostsHomeSubscribe to:Posts (Atom)About MePlacitude PsiquiatriaView my complete profileBlog Archive
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